Microbiota intestinal...
um ecossistema resiliente que conversa com seu cérebro, sua imunidade e até seu humor
Uma fotografia do universo dentro de você
A microbiota humana é a residência de trilhões de microrganismos — e a composição dessa galera modula se estaremos mais propensos à saúde ou à doença.
Apesar de estar constantemente exposta a desafios ambientais, a microbiota apresenta uma incrível estabilidade funcional. Isso porque as comunidades microbianas são resilientes e resistentes a mudanças.
E que poderes a microbiota tem pra ser tão resiliente?
Entre os microrganismos que vivem ali, existe uma verdadeira hierarquia funcional. Os mais especializados digerem carboidratos complexos, liberando fibras solúveis que, por sua vez, serão utilizadas como alimento pelas bactérias menos especializadas.
Ou seja: entre elas, há uma relação altruísta, de doação mesmo.
Lindo demais, né?
A manutenção dessa microbiota requer equilíbrio — não só entre as espécies que coabitam, mas também com o intestino em si: com a mucosa, o muco, o sistema imune ali presente...
Essa resiliência de uma microbiota saudável nos protege de uma série de doenças associadas à disbiose (e olha que hoje em dia tem doença de fio de cabelo a dedo do pé ligada a isso!). As mais estudadas incluem as doenças inflamatórias intestinais e as doenças metabólicas.
Não só de bactérias vive a microbiota!
É fato: a comunidade bacteriana é a mais estudada. Mas ela não está sozinha por ali. Vivendo nesse universo também temos:
Archea (microrganismos unicelulares sem núcleo delimitado por membrana),
vírus,
fungos (sim, existe até disbiose fúngica!),
parasitas...
Hoje já se fala inclusive em micobioma (mico = fungo, bioma = conjunto de seres vivos que vivem em condições semelhantes), com crescente associação ao desenvolvimento de doenças, tal como ocorre com a disbiose bacteriana.
Complexidade e beleza
Quando pensamos nas espécies bacterianas, a diversidade é imensa: a microbiota pode conter de 300 a 1.000 espécies diferentes. Os filos mais predominantes são os Firmicutes e os Bacteroidetes.
A complexidade da comunidade microbiana, somada à sua diversidade, estabilidade e resiliência, permite que ela se adapte ao ambiente intestinal — mantendo sua funcionalidade mesmo diante de perturbações.
E não, elas não vivem só no intestino grosso!
Estão no ar, na nossa pele, na pele das pessoas com quem temos contato... E mesmo dentro do trato gastrointestinal, sua composição varia bastante — afinal, cada compartimento tem suas características (como o pH, por exemplo), o que exige adaptações microbianas específicas.
Ah, e a alimentação? Claro que influencia. A composição do que comemos interfere direta e indiretamente nessa comunidade.
Ela modula tudo. Tudo mesmo.
A microbiota influencia o nosso metabolismo energético, o sistema imune, e outros sistemas fisiológicos centrais. E é sobre isso que a gente vai se aprofundar agora.
O que vem por aí?
(Spoiler para assinantes pagos 🤫)
Nas próximas edições exclusivas para assinantes pagos, vamos mergulhar:
🔬 nas funções da microbiota,
🧪 nos produtos do seu metabolismo,
🧠 nas vias de comunicação entre o intestino e o cérebro.
E vamos além…
Vamos entender como a microbiota:
controla o metabolismo energético,
modula o comportamento alimentar,
participa de processos de intolerâncias e alergias alimentares.
Cabô não… tá só começando!
Vai perder essa?
Bora comigo?
Beijo procê!
pra além daqui
🧠
continuo a conversa sobre como o corpo se comunica, como o cérebro coordena tudo isso e como isso impacta nosso comportamento alimentar, metabolismo e ritmos biológicos em outros canais. Ainda tô aparecendo no Instagram , e começando a movimentar o LinkedIn pra trocar ideias com outros profissionais da saúde.
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