O que um Ka azul, o Guyton e a USP têm a ver com a minha paixão por neurociência?
Spolier: vendi o carro, enfrentei perrengue e descobri minha vocação.
O início de tudo…
Como entrei na USP e descobri que o que eu amo mesmo na vida é ensinar.
Ahhh, os perrengues…
Outro dia acordei lembrando do dia em que resolvi fazer pós na USP — sem dinheiro, sem certeza, mas com um Ka azul e uma vontade imensa de achar mais sentido na minha vida.
Vendi o Ka azul. E fui pra São Paulo.
Fui morar num apê no fim do mundo. Sem chuveiro, sem geladeira, sem fogão.
E estudei como nunca no tal do Guyton (aquele livro de Fisiologia). Talvez seja por isso que eu não ame tanto o Guyton hoje... Associei ao perrengue.
Mas valeu a pena: passei de primeira no processo seletivo para o mestrado.
A bolsa de R$1200 mal dava pra viver em São Paulo, mas ajudava.
Com criatividade e café, fui levando.
Minha paixão pelo funcionamento do corpo já tinha despertado uma faísca quando comecei a estudar Fisiologia na faculdade… Eu já estava no último ano de Nutrição, frustrada, com a sensação de que tinha perdido 4 anos da minha vida.
Foi a Fisiologia que veio me dizer: “Calma, você tem razão. Não é só isso. Nosso corpo tem profundidade.”
A luz no fim do túnel, sabe?
Essa paixão se intensificou com o tempo e se consolidou na qualificação do mestrado.
Antes da defesa, tem uma etapa chamada qualificação, onde a gente apresenta os resultados parciais e dá uma aula sobre um tema sorteado, pra banca avaliar nossa didática.
Eu morria de medo de falar em público. Sentia o corpo todo entrar em modo “luta ou fuga”. Mas falar sobre um assunto que me fascinava amenizava esse caos interno.
E olha só que sorte: o tema que caiu pra mim foi Regulação Neural do Comportamento Alimentar.
Fisiologia + Comportamento Alimentar + Neurociência. TUDO passou a ter muito mais sentido! Achei o sentido que eu buscava quando vendi o Ka azul.
Daí pra frente, a curiosidade e o amor pelo assunto só cresceram.
O medo de palco foi diminuindo. E o prazer de compartilhar o que eu sabia foi crescendo na mesma medida.
Tenho dividido alguns textos aqui no Substack sobre esse tema. Ainda estou no comecinho dessa história — se quiser acompanhar, é só se inscrever apertando no botão abaixo.
Hoje eu AMO falar sobre isso. Quem já me ouviu sabe: é paixão mesmo.
Virei mestre. Continuei. Doutorado. Doutorado sanduíche na França. Pós-doutorado também na França.
Tudo com apoio da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) e do CNRS (Centro Nacional de Pesquisa Científica aqui na França).
Esse monte de títulos, uma sede de compartilhar. Assim fui tentando encontrar a melhor forma de dividir isso com o mundo!
E aí veio o clique. Aquele momento em que você pensa:
“Caramba... é isso. É isso que eu quero fazer da minha vida.”
Foi quando comecei a contar histórias científicas e criei o (já falecido, mas volta e meia ressuscito) Dieta Científica.
O trabalho que tenho feito aqui no Substack tem me ajudado a tampar o buraquinho que ficou quando eu decidi deixar o Dieta Científica de lado e parar de fazer divulgação científica pra me dedicar à formação de profissionais da saúde em NeuroMetabolismo.
Aqui (e em outros formatos também) te proponho conhecimento.
Isso, ninguém te tira. Parece clichê, eu sei… Mas olha o quão valioso é isso?
Você já viu aquela empolgação que toma conta de mim quando começo a falar sobre o funcionamento do corpo?
Quem já viu, sabe.
Quem ainda não viu... vai ver. E, quem sabe, se apaixonar também.
Se o que escrevo aqui te toca, te inspira ou te faz pensar diferente…
considere apoiar esse trabalho.
Ser uma assinante paga é como me dizer:
“Continua contando essas histórias que importam.”
E eu prometo continuar. 💛
Beijo procê!
Rosana
A neurocientista apaixonada por traduzir ciência em ferramentas que transformam vidas
🧠 Pra além daqui...
Se esse conteúdo te instigou, saiba que essa conversa continua em outros cantos:
✨ Quer entender o comportamento alimentar com base no que realmente move o cérebro e o metabolismo?”
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