Uma faceta bem triste do estigma do peso:
as pessoas conhecem pouco sobre obesidade… e julgam demais.
(E isso nem é novidade, mas agora temos os números.)
Um estudo publicado na The Lancet investigou o quanto as pessoas — inclusive profissionais da saúde — compreendem as causas e as possibilidades de tratamento da obesidade.
Os participantes responderam a questionários que mediram o conhecimento sobre a doença e as crenças relacionadas ao estigma do peso, atitudes frente aos tratamentos disponíveis e à pesquisa científica.
O resultado?
Profissionais da saúde até apresentaram escores de estigma um pouco mais baixos do que a população geral — mas ainda assim, o preconceito está presente.
Ou seja: existe uma lacuna gigante entre as evidências científicas atuais e as crenças populares sobre obesidade e diabetes tipo 2 — inclusive entre quem cuida de pessoas.
Essa desconexão entre ciência e senso comum ajuda a perpetuar o estigma do peso, com consequências físicas e psicológicas devastadoras.
Pessoas com obesidade ainda enfrentam preconceito na escola, no trabalho, em academias — e até nos consultórios, hospitais e clínicas, lugares onde deveriam se sentir acolhidas.
(Aliás, muitas evitam buscar ajuda justamente por já saberem que serão julgadas.)
Pra piorar: muitos participantes ainda acreditam que obesidade e diabetes tipo 2 poderiam ser completamente evitadas ou curadas apenas com a adoção de “um estilo de vida saudável”.
(Coloquei entre aspas mesmo. Porque muita coisa que hoje é romantizada como “saudável” pode, na verdade, abrir caminho pra um transtornos alimentares…)
Por isso, iniciativas educacionais que enfrentem essas distorções de forma responsável são urgentes — tanto para reduzir o estigma quanto para melhorar a prática clínica.
Sinceramente?
Eu lamento muito que ainda haja tanta gente pensando de forma tão simplista. 🙁
Mas ainda acredito na mudança.
Bora se informar mais, julgar menos…
E beijo procê!
Rosana Dantas
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